Vamos falar das juventudes? Aproxima aí!
Iniciou hoje (11), e vai até o dia 13 de julho, o III Simpósio Nacional “Aproximações com o mundo Juvenil” com o tema Jovens e Projeto de Vida: Subjetividade, Sofrimentos e Experiência Religiosa, que acontece na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) em Belo Horizonte (MG). O evento é realizado pela Rede Brasileira de Institutos de Juventude, Centro MAGIS Anchietanum e pela FAJE.
O Simpósio é um momento propício para refletir as diversas realidades juvenis a partir de conferências, grupos de trabalho, minicursos e outros espaços que estimulam a troca de experiências e saberes sobre as questões juvenis em pauta. É um encontro com diversos autores e autoras da América Latina que aproximam e discutem as temáticas do mundo juvenil contemporâneo, dando visibilidade para refletir e construir novos saberes, redes de colaboração, estratégias de trabalho e mais.
O primeiro dia iniciou às 16h com o credenciamento. O Ato de Abertura foi uma bonita apresentação da “Orquestra Escola Criarte”, formada por adolescentes e jovens da região de Venda Nova (BH).
Em seguida, aconteceu a mesa de abertura que teve como tema “A formação de jovens, pesquisadores e profissionais que atuam com jovens: balanço, desafios, temáticas e metodologias” e foi composta pelas pesquisadoras: Ms. Martha Lucia Bonilla Gutierrez (Observatorio de Juventud de la Universidad Javeriana/Bogotá), Dra. Paloma Fontcuberta (Observatorio de la Juventud de Iberoamérica) e Ms. Vanessa Correia (USP/ Programa MAGIS Brasil / Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude). Trazendo panoramas de pesquisas de juventude realizadas em contextos latino e ibero-americanos e também experiências da atuação de observatórios, centros e institutos de juventude, com seus limites e potencialidades, todas as falas destacaram a necessidade de dar voz aos jovens, a fim de romper situações de desigualdade e colocá-los no centro da ação.
Na sequência, a Dra. Maria Rita Kehl assessorou a conferência “Sofrimentos psíquicos de adolescentes e jovens: sintomas da cultura contemporânea”. Em sua fala, ela nos apontou que a juventude é um sintoma da cultura contemporânea, pois, ao mesmo tempo, expressa e se apropria daquilo que é um mal-estar de nosso tempo. Fazendo uma análise da sociedade capitalista, a psicanalista indicou que a transição de uma fase de produção e sacrifício para uma fase de ênfase no consumo provocou grandes mudanças nas juventudes. Nesta fase que vivemos atualmente, onde o objeto de desejo é substituído pelo objeto de consumo, a experiência existencial da juventude torna-se reduzida, o que gera sofrimentos psíquicos e aumenta casos de depressão e suicídio entre os jovens.
Acompanhe o III Simpósio Nacional ”Aproximações com o mundo juvenil” através da página Especialização em Juventude no Mundo Contemporâneo no facebook.