Encontro formativo on-line refletiu sobre os desafios sociais, vocacionais e eclesiais das juventudes com assessoria de Giovani do Carmo, da Rede Inaciana de Juventude – MAGIS Brasil
Guilherme Freitas via MAGIS Brasil com informações de Giovani do Carmo
A Rede Inaciana de Juventude – MAGIS Brasil – contribuiu com a formação do Grupo de Animadores Vocacionais da Província do Brasil da Congregação das Irmãs de São José de Chambery (ISJ), composto por cerca de 31 participantes entre irmãs, leigos e leigas comprometidos com a espiritualidade do Instituto e colaboradores das obras de evangelização da Congregação. O encontro foi realizado de maneira on-line e síncrona no último sábado, dia 17 de maio, como parte do itinerário formativo proposto pelo Serviço de Animação Vocacional das Irmãs de São José de Chambery, que busca aprofundar temas relevantes para o acompanhamento vocacional de jovens na atualidade.
Conjuntura das juventudes em foco
A formação foi conduzida pelo coordenador dos Eixos Pedagogia da Formação, Voluntariado e Inserção Sociocultural da Rede MAGIS Brasil, Giovani do Carmo Júnior. A pedido da Irmã Regina Célia, ISJ, representante do Serviço de Animação Vocacional, Giovani abordou a temática “Conjuntura da juventude: desafios sociais, vocacionais e eclesiais das juventudes hoje”.
A abertura e o momento de oração inicial foram conduzidos pela Irmã Aline Tessaro, ISJ, que também apresentou o assessor aos participantes. A exposição foi dividida em três partes: inicialmente, Giovani refletiu sobre as concepções de juventude que atravessam discursos e práticas pastorais; em seguida, abordou temas que marcam a vida cotidiana das juventudes contemporâneas; e, por fim, tratou da relação entre juventudes, religião e espiritualidade.
Inspirado pelo magistério do Papa Francisco, reforçou a importância de uma escuta atenta e de uma presença pastoral que não apenas desperte perguntas vocacionais, mas acompanhe os jovens em sua busca por sentido a partir de um encontro real com Jesus Cristo.
Escuta e presença: percepções dos participantes
Ao final do encontro, participantes compartilharam impressões que evidenciaram a relevância da formação. A Irmã Nilva Rossin, ISJ, destacou o impacto das tecnologias nas dinâmicas da juventude e da própria ação pastoral: “Se os jovens são impulsionados pelos algoritmos, pelas mídias, pelas tecnologias…, nós também somos. Exige de nós grande abertura para a escuta e acolhimento, sem pré-conceitos, julgamentos e estereótipos, mas ‘abertura de espírito’ para conhecer as diferentes realidades das juventudes e estabelecer relações de confiança”.
A Irmã Lídia Menegatt, ISJ, ressaltou dois aspectos centrais: “Primeiro, caminhar com o jovem, conhecê-lo em sua realidade e em seu lugar, conhecer suas dores, suas angústias, seus sonhos e esperanças. Isso vem de encontro ao que penso sobre juventude: a gente não conhece se não caminhar junto. O segundo ponto é sobre a crise de simbolização. Esse bombardeio de informações que impede a elaboração e nos lança no caos é algo que precisamos ajudar os jovens a enfrentar. Como comunidade religiosa, precisamos prestar atenção nisso”.
A senhora Maria do Carmo, leiga participante da formação, reforçou a necessidade de não generalizar as juventudes e de cultivar relações baseadas na confiança. “A diversidade dos jovens, com seus projetos – ou a falta deles – nos interpela. Precisamos escutar com espírito aberto”, afirmou.
A iniciativa fortalece os vínculos entre diferentes carismas da Igreja e mostra como a colaboração entre congregações religiosas e redes juvenis pode enriquecer os processos de formação e missão junto às juventudes.