A Companhia de Jesus, portanto, não nasceu apenas de uma ambição de servir a Deus, mas também do calor e do apoio da amizade genuína.
Da Redação MAGIS Brasil
“A amizade é um presente da vida e um dom de Deus”, afirma o Papa Francisco na sua exortação apostólica “Christus vivit”. Se esta afirmação é verdadeira – e, certamente, o é – então o coração da Companhia de Jesus pulsa pelo ritmo divino da amizade. A narrativa histórica que se desenrola sobre a vida de Santo Inácio de Loyola e seus companheiros, conforme documentada no livro “Inácio de Loyola – lenda e realidade”, de Pierre Emonet, ilustra como a amizade, esse presente divino, fortaleceu e fundamentou a formação e a missão da Ordem Jesuíta.
Em 1528, sob a sombria cobertura de um inverno rigoroso em Paris, a jornada de Inácio na cidade luminosa começou. Aqui, no seio da adversidade climática e com a tarefa de buscar um estudo mais profundo para servir Cristo, uma comunhão singular começou a se formar. Acolhido no Colégio Santa Bárbara, Inácio encontrou-se partilhando seu espaço vital com dois estudantes significativamente mais jovens: Pedro Fabro e Francisco Xavier. As relações iniciais com estes homens foram tão contrastantes quanto os cumes gelados dos Pireneus em relação às areias quentes de Gipuzkoa, a terra natal de Inácio.
Fabro, um jovem brilhante e humilde, logo formou um vínculo imediato com Inácio. A generosidade de Inácio em apoiar Fabro financeiramente foi reciprocada pelo apoio acadêmico do mais jovem, costurando a primeira linha de amizade que uniria os dois. No entanto, a relação com Xavier foi muito mais árdua no início, com as diferenças de idade e visões de vida criando um terreno difícil. No entanto, a persistência de Inácio, combinada com a influência suavizante da amizade de Fabro, acabou por desgastar a resistência de Xavier.
Esta amizade emergente não estava restrita à troca de conhecimentos acadêmicos, mas também se estendia às realidades mais profundas da vida: os anseios, os temores e as esperanças de cada um. Este compartilhamento levou ao aprofundamento de suas vidas de oração e ao discernimento da vontade de Deus. À medida que sua amizade se fortalecia, um desejo comum de servir ao Reino de Deus unia-os cada vez mais.
Estes três homens, apesar de suas diferenças iniciais, mostraram-se verdadeiros “Amigos no Senhor”, uma expressão que se tornou emblemática do espírito da Companhia de Jesus. Como o Papa Francisco sublinha, a amizade, esse “dom de Deus”, foi instrumental em purificar e amadurecer estes homens em seu serviço a Cristo e à humanidade. Em sua comunhão e partilha de vida, eles encontraram um reflexo do amor e da consolação de Deus, um modelo de abertura e cuidado uns pelos outros que ecoa através dos séculos até hoje.
A Companhia de Jesus, portanto, não nasceu apenas de uma ambição de servir a Deus, mas também do calor e do apoio da amizade genuína. Esta amizade transcendente, ao longo dos anos, estabeleceu o espírito de unidade e comunhão que até hoje perdura entre os jesuítas. Assim, é evidente que o núcleo da vida e da missão jesuíta é o dom divino da amizade, um dom que, como um grão de mostarda, se expandiu para criar uma comunidade global de homens e mulheres comprometidos com o serviço de Deus e da humanidade.
No coração deste dom de amizade jaz o compromisso de partilha de vida, de desejos, de temores, um compromisso que, em sua própria maneira, reflete a profunda união de amor e serviço que Cristo desejou para seus seguidores. Neste contexto, o exemplo de Inácio, Fabro e Xavier nos oferece uma visão inspiradora do potencial transformador da amizade, uma visão que nos convida a entrar mais profundamente na realidade do amor divino que a sustenta.
Santo Inácio de Loyola: apontamentos sobre Amizade e Seus Prezados Amigos, São Francisco Xavier e Pedro Fabro
“A amizade é um presente da vida e um dom de Deus”, afirma o Papa Francisco na sua exortação apostólica “Christus vivit”. Se esta afirmação é verdadeira – e, certamente, o é – então o coração da Companhia de Jesus pulsa pelo ritmo divino da amizade. A narrativa histórica que se desenrola sobre a vida de Santo Inácio de Loyola e seus companheiros, conforme documentada no livro “Inácio de Loyola – lenda e realidade”, de Pierre Emonet, ilustra como a amizade, esse presente divino, fortaleceu e fundamentou a formação e a missão da Ordem Jesuíta.
Em 1528, sob a sombria cobertura de um inverno rigoroso em Paris, a jornada de Inácio na cidade luminosa começou. Aqui, no seio da adversidade climática e com a tarefa de buscar um estudo mais profundo para servir Cristo, uma comunhão singular começou a se formar. Acolhido no Colégio Santa Bárbara, Inácio encontrou-se partilhando seu espaço vital com dois estudantes significativamente mais jovens: Pedro Fabro e Francisco Xavier. As relações iniciais com estes homens foram tão contrastantes quanto os cumes gelados dos Pireneus em relação às areias quentes de Gipuzkoa, a terra natal de Inácio.
Fabro, um jovem brilhante e humilde, logo formou um vínculo imediato com Inácio. A generosidade de Inácio em apoiar Fabro financeiramente foi reciprocada pelo apoio acadêmico do mais jovem, costurando a primeira linha de amizade que uniria os dois. No entanto, a relação com Xavier foi muito mais árdua no início, com as diferenças de idade e visões de vida criando um terreno difícil. No entanto, a persistência de Inácio, combinada com a influência suavizante da amizade de Fabro, acabou por desgastar a resistência de Xavier.
Esta amizade emergente não estava restrita à troca de conhecimentos acadêmicos, mas também se estendia às realidades mais profundas da vida: os anseios, os temores e as esperanças de cada um. Este compartilhamento levou ao aprofundamento de suas vidas de oração e ao discernimento da vontade de Deus. À medida que sua amizade se fortalecia, um desejo comum de servir ao Reino de Deus unia-os cada vez mais.
Estes três homens, apesar de suas diferenças iniciais, mostraram-se verdadeiros “Amigos no Senhor”, uma expressão que se tornou emblemática do espírito da Companhia de Jesus. Como o Papa Francisco sublinha, a amizade, esse “dom de Deus”, foi instrumental em purificar e amadurecer estes homens em seu serviço a Cristo e à humanidade. Em sua comunhão e partilha de vida, eles encontraram um reflexo do amor e da consolação de Deus, um modelo de abertura e cuidado uns pelos outros que ecoa através dos séculos até hoje.
A Companhia de Jesus, portanto, não nasceu apenas de uma ambição de servir a Deus, mas também do calor e do apoio da amizade genuína. Esta amizade transcendente, ao longo dos anos, estabeleceu o espírito de unidade e comunhão que até hoje perdura entre os jesuítas. Assim, é evidente que o núcleo da vida e da missão jesuíta é o dom divino da amizade, um dom que, como um grão de mostarda, se expandiu para criar uma comunidade global de homens e mulheres comprometidos com o serviço de Deus e da humanidade.
No coração deste dom de amizade jaz o compromisso de partilha de vida, de desejos, de temores, um compromisso que, em sua própria maneira, reflete a profunda união de amor e serviço que Cristo desejou para seus seguidores. Neste contexto, o exemplo de Inácio, Fabro e Xavier nos oferece uma visão inspiradora do potencial transformador da amizade, uma visão que nos convida a entrar mais profundamente na realidade do amor divino que a sustenta.