A confecção de cestas de Páscoa por alunos do Colégio Anchieta revela o compromisso com a justiça e a partilha, em sintonia com a missão da Província dos Jesuítas do Brasil e suas redes apostólicas
Guilherme Freitas via MAGIS Brasil com informações de Raffaella Franceschi
A Páscoa é mais do que uma data no calendário. Para os estudantes do Colégio Anchieta, em Porto Alegre (RS), ela se tornou oportunidade concreta de vivenciar o verdadeiro sentido da ressurreição: partilhar vida, espalhar cuidado e se comprometer com quem mais precisa. Organizados pelo Espaço MAGIS Anchieta, alunos do Ensino Fundamental I ao Ensino Médio dedicaram parte de suas aulas à confecção de “ninhos de Páscoa” – pequenas cestas decoradas e recheadas com chocolates – destinados a pessoas atendidas por instituições sociais parceiras da missão jesuíta.
A ação mobilizou não apenas as turmas escolares, mas uma verdadeira rede: são jovens da Rede Jesuíta de Educação Básica que participam da proposta do Espaço MAGIS Anchieta, articulado à Rede MAGIS Brasil. As doações foram encaminhadas a organizações como Fé e Alegria, o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR), o Centro Ítalo Brasileiro de Assistência e Instrução às migrações (CIBAI), o Asilo Amparo Santa Cruz, entre outras entidades que integram ou colaboram com a atuação dos jesuítas na região.
Mais do que entregar chocolates, os jovens foram convidados a mergulhar no simbolismo do gesto: doar o que têm e o que são, com criatividade, cuidado e dedicação. Cada ninho preparado é sinal de um desejo maior – de uma juventude que quer se colocar a serviço da justiça e da esperança.
“Eu achei essa atividade extremamente diferente, lúdica e essencial. Foi um momento em que pudemos ajudar o próximo e ao mesmo tempo nos divertirmos em sala de aula. O professor passou as orientações e fez questão que deixássemos a nossa criatividade livre, e na minha opinião foi isso que fez tudo ser tão especial. No geral essa atividade foi perfeita, trazendo ludicidade e gerando apoio a causas sociais, e deve ser repetida todos os anos.”, contou Guilherme Carvalho Tavaniello, 16 anos.
Embora a confecção dos ninhos tenha ocorrido em um período específico – nas semanas que antecederam a Páscoa –, o gesto não se encerra ali. A atividade expressa o esforço contínuo de formar jovens com consciência crítica, fé engajada e sensibilidade para as realidades humanas e sociais que os cercam.
No MAGIS, o que importa é o mais: ir além do esperado, do imediato, do individual. E, neste caso, o mais está no gesto que se transforma em caminho, em rede e em vocação compartilhada.


