Luís Gonzaga nasceu no dia 9 de março de 1568, quando o inverno já quase se despedia em Castiglione, na Itália. Sua história começou em um contexto de muito luxo e nobreza, já que, desde criança, seu destino estava traçado: seria herdeiro do marquesado de Castiglione. Porém, desde muito cedo ele compreendeu as contradições daquele ambiente em que vivia. Percebia que aquela realidade não era para ele e nem satisfazia os anseios de seu jovem coração. Seu aguçado “senso de Deus” o fazia querer renunciar à vida a qual ele estava predestinado.

Não à toa, houve muito conflito na família quando Luís expressou seu desejo de se tornar religioso. Em 1583, o garoto chegou até ser expulso de casa, porque seu pai não entendia sua vocação. Foi aí que Luís Gonzaga foi acolhido pelos jesuítas, o que fortaleceu ainda mais o projeto de vida que Deus havia pensado para ele. Depois de muitos atritos e discordâncias, seu pai percebeu que aquela era mesmo a vontade do filho e aceitou escrever uma carta à Companhia pedindo para que ele fosse aceito na ordem, o que ocorreu quando o jovem estava com 17 anos. A partir daí, Gonzaga viveu experiências profundas de libertação e felicidade. Apesar de seu caráter reservado, era muito admirado por todos seus companheiros no Senhor.

Infelizmente, poucos anos depois, quando cursava o último ano de Teologia, uma peste invadiu a cidade de Roma, onde realizava seus estudos. A fome e a falta de higiene tornavam a situação ainda mais grave. Os jesuítas, assim como muitas outras pessoas de boa vontade, colaboraram improvisando hospitais, socorrendo os enfermos e enterrando os mortos. Com outros jovens estudantes, Luís ajudava no Hospital da Consolação. Ele não teve medo de estar com o povo e de acolher aqueles que mais necessitavam.

Quando seus superiores acharam prudente afastá-lo dos enfermos mais contagiosos, ele já havia sido afetado. No dia 3 de março de 1591, caiu ardendo em febre e teve algumas dificuldades respiratórias. Três meses depois, no dia 21 de junho que faleceu serenamente, rodeado de seus companheiros e de seu confessor, o Padre Roberto Bellarmino.

Seu testemunho de vida foi tão intenso e bonito que em 1726 foi canonizado e posteriormente a Igreja o declarou Padroeiro da Juventude. Isto quer dizer que os jovens do mundo inteiro podem encontrar nele um modelo e um intercessor diante de Deus. Para os que lutam contra a corrente, para os que sabem dizer “não” a sociedades corruptas e decadentes, Luís Gonzaga tem muito a dizer. Hoje e amanhã. Aqui e em qualquer parte do mundo onde houver jovens que buscam a Verdade.

São Luís Gonzaga, rogai por nós!

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