Entre os dias de 14 e 16 de outubro, representantes dos Centros e Espaços do MAGIS Brasil estiveram reunidos em Brasília-DF para refletir conjuntamente os passos que devem ser dados na continuidade da missão em vista dos novos desafios e possibilidades que se apresentam no serviço às/aos jovens. Essa foi a primeira ação com representação grande e nacional realizada presencialmente pelo MAGIS após o início da Pandemia do COVID-19.
Partindo do tema da reunião, “Um Novo Ciclo Apostólico”, o encontro se firmou em reconhecer o chamado que a Província dos Jesuítas Brasil (BRA) faz às diferentes realidades onde se inserem as ações do MAGIS a partir do Plano Apostólico que indica seguimento e continuidade na missão que se consolida, trazendo consigo um caminho de transformação que o próprio Espírito impulsiona para melhor olhar para o mundo e suas fragilidades que se amplificam como resultado da Pandemia do COVID-19.
Todo itinerário vivido foi fortalecido pela constante confiança nas e nos jovens que ela compõe. Em todos os momentos, os rostos de diferentes jovens de diferentes cantos do país surgiram em meio a mediação de momentos de oração, de reflexões, mediação de falas e tantos outros momentos em grupos de trabalho menores. O aspecto metodológico que envolve essa atuação parte do olhar da base concreta vivida pelos jovens, perpassa os regionais onde se inserem e culmina no olhar para a totalidade da Rede que, pouco a pouco, vai retomando seu olhar para a base enquanto resposta clara e objetiva à situações e vivências concretas, tornando o processo desencadeado mais condizente e perene para a mobilização do trabalho com juventude e vocações em toda a Província.
Ao longo dos três dias de encontro e tendo uma representatividade ampla de vários jovens que representam o trabalho dos Centros e Espaços, bem como parceiros e outras Redes da Província que vão desenhando relações que fortalecem a missão, propiciou o fortalecimento da compreensão da cultura do cuidado, enquanto aspecto de suma importância para a missão como um todo, ouvir e ser presença efetiva, inspiradora e que fortaleça o acompanhamento e formação de jovens para vislumbrar horizontes mais amplos e comuns, que inclui, o fortalecimento constante da cultura vocacional, partindo da vocação enquanto chamado para a vida, fortalecendo a dignidade humana e criando relações mais justas, fecundas e esperançadoras para, nesse caminho, ouvir os apelos de Deus que são feitos a cada jovem e como esse pedido pessoal ganha proporções significativas de serviço a comunidade, inspirando o aspecto que a Rede sempre enfatiza de “ser mais para e com os demais”, saindo do individualismo para a vida comunitária.
Como confirmado pelo Pe. Edson Tomé, SJ (Secretário para Juventude e Vocações) em sua fala de abertura “Precisamos superar as dificuldades e ousar: ‘ousar, como jovens, o evangelho da alegria’, da fraternidade, do cuidado e da nova economia. Sejamos corajosos para inspirar e viver a missão a partir do magis inaciano”. Esse novo ciclo apostólico será marcado por passos realizados com ousadia, coragem, alegria e fraternidade, reconhecendo os dons de Deus em meio às juventudes para continuidade da missão enquanto parte desse corpo em missão, com horizontes comuns e fortalecido pela relação em rede.