Dando continuidade à celebração da semana de oração pelas vocações jesuítas, hoje abordaremos dois jesuítas muito importantes da atualidade que são modelos de uma Igreja em saída – Dom Luciano Mendes de Almeida e o Papa Francisco.

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Luciano Pedro Mendes de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 1930. Seus primeiros estudos foram no Colégio Santo Inácio. Entrou para a Companhia de Jesus em 1947 e depois fez os estudos eclesiais primeiro no Colégio Anchieta e depois no Pontifício Gregoriano para os estudos teológicos. Ele recebeu sua ordenação ao sacerdócio em Roma antes de fazer sua profissão solene como jesuíta em 1964. Homem de grande mente e grande coração, de brilhante comunicação e inteligência privilegiada, tratava a todos com humildade e simplicidade, escutando e compreendendo cada pessoa.

Posteriormente, Dom Luciano foi arcebispo de Mariana, secretário geral e presidente da CNBB, por dois mandatos consecutivos. Ele foi um defensor vocal dos direitos humanos e da liberdade democrática: com serenidade, firmeza, autoridade e diálogo com o governo, ajudou a encontrar soluções para difíceis questões sociais e políticas nacionais. No final da vida acabou adoecendo, e mesmo na doença costumava dizer: “Estou nas mãos de Deus” ou “Deus é bom”. Aos 27 de agosto de 2006, festa de Santa Mônica, ele faleceu aos 75 anos.

Já o Papa Francisco nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1936. Com 21 anos, ingressou na Companhia de Jesus, onde foi ordenado sacerdote em 1969. Em 1973, tornou-se responsável pela ordem jesuíta na Argentina, função que exerceu em um tempo violento da ditadura militar no país. Já em 1992, foi designado bispo auxiliar de Buenos Aires e posteriormente arcebispo primaz da Argentina. Iniciou então um intenso trabalho pastoral dedicado às classes populares e denunciando as injustiças econômicas e sociais.

O título de cardeal lhe foi concedido em 2001, pelo papa João Paulo II. Com a renúncia de Bento XVI em 2013, Francisco se tornou o primeiro papa latino-americano, o primeiro vindo de uma congregação jesuíta e o primeiro a adotar esse nome. Sua atuação como pontífice é marcada pela sua humildade, pela intensa preocupação com questões sociais e com uma Igreja em saída. Como sempre fez, o Papa Francisco continua a recomendar aos sacerdotes a misericórdia, coragem apostólica e portas abertas a todos.

Inspirados pela vida e testemunho de Dom Luciano e Papa Francisco, rezemos juntos pelas vocações à Companhia de Jesus.

Pedido de graça

Senhor Jesus, nós te pedimos que a muitos escolhas e chames, que a muitos chames e envies, conforme tua vontade, para trabalhar pela Igreja em tua Companhia. Pouco ainda fazemos e tanto mais poderíamos fazer, se não fosse nossa fraqueza nossa omissão. Por isso, Senhor Jesus, fica sempre à frente na história de nossa vida e na daqueles que escolheste para teu serviço, para que não deixe de realizar, por negligência nossa, a totalidade do teu projeto de amor. Amém.

Texto Bíblico | Lucas 8, 4-8

Reflexão

A parábola do semeador também pode ser reflexiva a partir do âmbito vocacional. É Deus quem lança a boa semente que tem o potencial de gerar frutos no coração de cada pessoa. O desejo de Jesus é de que acolhamos essa semente no intuito de que ela possa germinar na terra do nosso coração. Mas qual tipo de terra é o nosso coração? Como estamos recebendo a semente vocacional lançada em nós por Deus?

Os dois jesuítas da nossa temática são exemplos claros de pessoas que souberam acolher e cultivar essa semente lançada por Jesus em seus corações. Com toda certeza, tanto Dom Luciano, como o Papa Francisco tiveram que passar durante a caminhada vocacional por terrenos pedregosos, por desertos que desafiaram o seu chamado, mas confiaram em Deus e não permitiram que a planta viesse a secar. Sendo assim, as ameaças de espinhos que poderiam sufocar o germinar da semente de Deus foram enfrentadas com muita coragem pelos dois.

O Papa Francisco continua enfrentando os espinhos que ameaçam sufocar a Igreja de Cristo, dirigindo-a e preparando-a para manter-se como terra fértil, onde as sementes do reino de Deus possam produzir muitos frutos. Contudo, somente o tempo mostra quem são os bons acolhedores e cultivadores das sementes lançadas por Jesus, que foram capazes de fazer frutificar ações em prol da construção de amor e paz no mundo.

Provocações

  • Qual relação percebo entre a parábola e a minha vocação? Me vejo como semeador ou como semente? Por quê?
  • Sinto em meu coração a inspiração vocacional, refletindo sobre a vida de Dom Luciano e do Papa Francisco? Quais pontos da vida deles mais me tocam o coração?
  • Tenho consciência de que, ao seguir Jesus, vou enfrentar muitos desafios para poder germinar e produzir frutos?
  • Que frutos Deus espera que eu produza a partir da semente vocacional lançada em mim?

Revisão

Recordo o meu encontro com Deus. Anoto o que foi mais importante na oração: texto mais significativo (palavras, frases e imagens); pensamentos predominantes; questionamentos; os sentimentos de consolação e desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.

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