“Povos reunidos, para conhecer, partilham o sonho: o amar e o servir”
“Povos reunidos, para conhecer, partilham o sonho: o amar e o servir”Qual é o rosto da Amazônia? Quais os seus sabores e aromas? O que ela tem a nos ensinar? Esses questionamentos e outros foram o fio condutor do encontro que ocorreu na Chácara dos Jesuítas, em Manaus (AM), entre os dias 28 de fevereiro até 1º de março deste ano. Nele, jovens músicos da Amazônia, representando o Centro MAGIS Amazônia e os Espaços MAGIS Manaus e Santarém, se juntaram para compor a música “Amazônia Querida!”, com intuito de ser o hino da Campanha de 2020/21 do Programa, que tem por tema “Ser Mais Amazônia”. E, para sabermos mais deste processo de criação e concepção, trouxemos o relato dos/as participantes sobre essa vivência.
“Reunir as diversas expressões amazônidas, Belém, Manaus e Santarém, foi dar ao encontro a tônica da força de um povo que luta por seus direitos e que sonha com uma Amazônia livre das mazelas, assombrada cotidianamente pela disputa de poder, pela ganância, genocídios, exploração sexual e desmatamentos. Iniciamos nosso encontro com um momento orante, onde fomos nos reconhecendo através da música que nos identificava. Foi uma experiência de aprofundar nossa sensibilidade musical, bem como estreitar os laços entre nós.” Relato da jovem Sabrina Mosenas, do Centro MAGIS Amazônia.
Sob a orientação do integrante do grupo Raízes Caboclas, Eliberto Barroncas, de Manaus (AM), o sábado dos/as jovens ganhou a tônica da harmonia musical e da leveza poética que ele compartilhou. Eliberto partilhava que “vivenciar a feitura coletiva dessa composição, concebida para ser música a serviço da Luz, foi engrandecedor e profundamente poético”.
Na partilha da vida e da musicalidade que cada um trouxe na bagagem, Lucas Dias, jovem do Espaço MAGIS Manaus, coordenou nossas atividades, juntamente com Thalia Sarmanho, do Centro MAGIS Amazônia. Lucas afirmou que “a composição do hino foi um grande desafio abraçado por todos nós com muito entusiasmo. O objetivo era criar uma boa integração entre os músicos da Amazônia.” E acrescentou que “o resultado desta amizade e reconhecimento foi o hino que entre seu ritmo, melodias e expressões amazônidas, deu a conhecer a todo o Brasil o rosto e o jeito de ser amazônida. Viver a Amazônia: esse é nosso desejo aos quatro cantos do nosso país.”
Com sintonia e desejo de oferecer este rico material aos demais jovens do Programa MAGIS Brasil, uniram suas vozes para cantar à Querida Amazônia um canto de amor e de esperança, na luta por um mundo mais justo e fraterno. Suziane Brito, também jovem do Espaço MAGIS Manaus partilhou que “foi um momento oportuno de aprofundamento dos nossos sentidos, de enxergar o outro em nossas partilhas, nas brincadeiras, no comer, na sinceridade. Foi perceber como cada um de nós precisou passar por verdadeiros reencontros com a própria existência e com o sagrado para, enfim, expressar isso da forma poética, que são os sons e as palavras. Dias intensos, de deixar Deus dançar em nossas vidas e assim fazermos dessa dança uma linda expressão do que nós queremos passar.”
“Foi um grande presente ter acompanhado de perto e registrado todo o processo de criação de hino. As lentes captaram muitas cenas, mas não foram capazes de captar o sagrado que pude ver em cada jovem que estava ali. Cada palavra desse hino carrega consigo um monte de histórias, de olhares, de sentimentos. E para nós, seres “não amazonenses”, o hino nos apresenta uma Amazônia real, própria do seu povo e nos ajuda a desconstruir as ideias estereotipadas que aprendemos desde cedo. Depois dessa experiência, o sentimento que pulsa é de amazonizar”, compartilhou Larissa Barreiros, da Comunicação do Programa MAGIS Brasil, que esteve presente neste encontro para captação de imagens e também cuidou da edição e finalização do clipe. Vale ressaltar que o clipe foi realizada com cenas do banco de imagens do MAGIS Brasil e de parceiros.
Em comunhão com nossos irmãos e irmãos do solo sagrado amazônida, povos ribeirinhos, indígenas e agricultores, unimos nossas vozes nessa grande Tapera para o dabacurí, para celebrarmos a grande festa dos povos da Amazônia. Celebre conosco esse momento!
