Luiz Eleildo Pereira Alves
Companheiros de caminhada, encontramo-nos neste texto em uma encruzilhada. Muitas vezes é comum dizermos que estar encruzilhado é estar encurralado, acuado. Pelo contrário, qualquer pessoa que se coloca em uma encruzilhada encontrará pelo menos 4 caminhos. Recordo aqui o poema da escritora cearense Arminda Serpa: “Deus: um homem em cruz ilhado/ entre a cruz e a ilha/ preferiu o mar”. Esse pensamento inicial, por mais que pareça desconexo, dá continuidade à metáfora que temos sustentado nestas reflexões que empreendemos ao longo deste mês: a do caminho. Caminhamos juntos até aqui. Refletimos, questionamo-nos, mas agora se faz necessário decidirmos novos caminhos a seguir. A discussão que é suficiente em si mesma não é discussão e sequer é suficiente. Por isso espero que até aqui tenhamos concordado, discordado e provocado novos acoplamentos estruturais que nos permitam seguir pelo caminho reflexivo que nos pareça mais coerente à nossa experiência de comunidade.
Para recordar: nos textos anteriores pensamos sobre a experiência juvenil a partir de três eixos principais: (1) a constituição das comunidades como espaços de entrelaçamento entre emoção, razão e pertencimento; (2) a diferença entre comunidades provisórias e permanentes, situando a importância de vínculos duradouros para a formação de sujeitos e coletivos; e (3) a comunidade juvenil como espaço de esperança e de esperançar, não como espera passiva, mas como compromisso transformador.
Neste texto quarto e último texto da nossa série, faz-se necessário apontarmos possibilidades de trilhas ou de espaços de navegação que neguem o dualismo do isto ou aquilo, colocando-nos no centro da ação, disponíveis a escolhas comprometidas. Quando falamos sobretudo de comunidades juvenis é comum determinarmos seus espaços de ação: existem os jovens da igreja, os jovens do mundo, os jovens intelectuais, os jovens que seguem determinados padrões estéticos, os jovens descolados, os conservadores etc. Quase sempre separamos esses diversos grupos em dois: com quem queremos trabalhar (os que nos interessam) e com quem não queremos trabalhar (os que não nos interessam). Assim, ao passo que acolhemos afastamos, e mais: corremos o risco de afastar depois de acolher. É a cultura do descarte (Cf. Laudato Si, n.22).
No texto passado, fomos provocados a pensar o que fazemos com os jovens que têm dificuldade de sonhar. Aqui podemos ser provocados a pensar se queremos sonhar com eles e o que fazemos quando eles mudam seus sonhos. Sim, porque se maturanianamente falando viver é conhecer, é próprio que ao longo da vida, do desenvolvimento humano em seus diferentes contextos, existam câmbios estruturais que demandem novas atitudes. O problema é que essas reviravoltas próprias da etapa da vida dos jovens parecem-nos descaminhos mais do que possibilidades. Nossa mente mecanicista, cartesiana, está sempre nos colocando entre “a cruz e a ilha” e esquecemos do mar. É para lá que o jovem deseja ir, e seus rumos de navegação não podem ser por nós determinados. É possível sonhar junto, mas é impossível sonhar pelo outro.
o amor implica algo mais do que uma série de ações benéficas. As ações derivam duma união que propende cada vez mais para o outro, considerando-o precioso, digno, aprazível e bom, independentemente das aparências físicas ou morais. O amor ao outro por ser quem é, impele-nos a procurar o melhor para a sua vida. Só cultivando esta forma de nos relacionarmos é que tornaremos possível aquela amizade social que não exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos
(Fratelli Tutti, n.94)
Todo esse argumento que desenvolvemos no início deste texto serve para nos provocar a pensar se estamos realmente “sintonizados” com o coração dos jovens em sua pluralidade ou se estamos sempre reduzindo-os a categorias pré-estabelecidas, reforçando a realidade que coloca a juventude diante de um paradoxo: de um lado, constantemente lembrada como “o futuro da nação” ou “o amanhã da Igreja”; de outro, experimenta exclusão, insegurança e desesperança, quando não encontra espaços reais de participação e de florescimento. Essa contradição exige que a juventude seja vista não apenas como objeto de políticas ou de pastoral, mas como sujeito histórico, político e espiritual, capaz de mobilizar-se, resistir e transformar.
Como lembra Bauman (Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Editora Zahar, Rio de Janeiro, 2003.), a comunidade no mundo líquido é desejada e temida ao mesmo tempo: desejada como abrigo e identidade, mas temida porque pode implicar controle e perda de autonomia. Os jovens, nesse contexto, buscam comunidades que ofereçam liberdade e acolhimento, mas rejeitam instituições que lhes pareçam autoritárias ou distantes de sua realidade.
Já insistimos neste caminho que empreendemos que pensar juventude e comunidade à luz da esperança significa construir espaços coletivos de sonhar. Só assim nossa ação como promotores de comunidades permanentes pode tornar-se “semente de esperança” para que os jovens aprendam a projetar a vida, a transformar a realidade e a cultivar utopias concretas. Eles não são “mão-de-obra” à qual recorremos quando se precisa de alguém para o serviço pesado, nem são aqueles a quem recorremos por último quando mais ninguém nos sobra. No espaço eclesial, essas atitudes são comuns. Muitas vezes o grupo de jovens de uma paróquia ou de uma comunidade é na verdade grupo de trabalho pesado, não é comunidade, não se insere na comunidade e sequer é reconhecido como tal. São taxados de imaturos e incapazes de tomar decisões.
A tradição latino-americana de pastoral juvenil, sintetizada no documento Civilização do Amor (CELAM, 1992), insiste que a comunidade deve ser lugar de vida plena, onde o jovem se sinta amado e desafiado. Portanto, a comunidade em perspectiva cristã é simultaneamente:
- Lugar de pertença: onde o jovem se sente acolhido em sua identidade.
- Lugar de discipulado: onde aprende a seguir Jesus em comunhão.
- Lugar de missão: onde se engaja na transformação da realidade.
Essas três dimensões configuram uma pedagogia da comunidade que ultrapassa a lógica dos eventos isolados e dos encontros superficiais. Trata-se de promover comunidades permanentes, capazes de nutrir a fé e a cidadania.
Como também já afirmamos nos textos anteriores, a juventude em comunidade é chave de esperança, mas para isso precisamos reconhecer que a transformação da realidade não virá de cima, pronta e acabada, mas de processos coletivos, participativos e sustentados no tempo. À luz da fé cristã, a esperança é virtude teologal, dom de Deus, mas também tarefa humana.
Mediante às reflexões que empreendemos nos 3 textos anteriores aos quais convido você, leitor, a retomar, aqui apresentarei no que se segue, à guisa de conclusão inspiradora, alguns possíveis caminhos práticos, estradas que todos nós jovens e pessoas que trabalhamos com jovens podemos escolher como trilhar.
Caminhos integrativos
Trilhar caminhos integrativos significa entender o jovem em sua complexidade, como um organismo vivo não só biologicamente, mas socialmente, como um sistema de múltiplos sistemas interrelacionados. Essa complexidade provoca-nos a abandonar a lógica de programas prontos e abrir-nos a uma pastoral de acompanhamento, como sugere Christus Vivit (n. 243).
A comunidade desempenha um papel muito importante no acompanhamento dos jovens, e toda a comunidade se deve sentir responsável por acolhê-los, motivá-los, encorajá-los e estimulá-los. Isto implica que se olhe para os jovens com compreensão, estima e afeto, e não que sejam julgados continuamente ou lhes seja exigida uma perfeição que não corresponde à sua idade.
O agente da pastoral juvenil não é um instrutor, mas um companheiro do caminho, alguém que como Jesus se coloca conosco no mesmo barco (Cf. Lc 5,3). Certa vez estava em um encontro de jovens e o moderador, também jovem, e mais jovem que eu, dizia: vocês devem… Vocês precisam… Vocês vão descobrir que… Senti-me ofendido por dois motivos: Primeiro porque esse dizer desconsiderava tudo o que eu já havia vivido; depois porque me senti instruído mais que acolhido. Claramente havia uma relação verticalizada.
Quando queremos de fato estar com os jovens precisamos integrarmo-nos como o Cristo em Emaús (Lc 24,13-35): “o que aconteceu? O que vão falando?”. É claro, sabemos, que Jesus sabia de tudo o que havia sucedido, mas como chegar ao coração do outro sem a humildade questionadora, aproximada? Sem ouvir mais do que falar, sem sentar-se à mesa, sem partilhar o pão da vida, dos dramas, da realidade? Nesse movimento, a relação se torna espaço privilegiado de encontro, onde a vida se compartilha e se ressignifica.
As comunidades eclesiais podem ser para os jovens “laboratórios de esperança”, onde eles experimentam solidariedade, cuidado e missão. Quando se criam espaços de escuta ativa, rodas de conversa, grupos de partilha e atividades missionárias que articulam fé e compromisso social, não se trata apenas de transmitir conteúdos, mas de gerar vínculos. Como aponta Humberto Maturana, a aprendizagem e a transformação humana não ocorrem por mera instrução, mas a partir da convivência: “todo fazer humano acontece em redes de conversações” (Emoções e Linguagem na Educação e na Política, 2002). Ou seja, a pastoral juvenil se realiza quando consegue instaurar comunidades de sentido, nas quais a esperança se constrói na complexidade do entrelaçamento das vidas.
Aqui merece atenção o que falamos em texto anterior: juventude não é um lugar no tempo, mas um lugar na emoção, podemos dizer de forma leiga: no espírito. Falamos muito de “pessoas de espírito jovem” e isso não deve ser desconsiderado. É fundamental promover comunidades intergeracionais. A juventude precisa dialogar com adultos e idosos não para perder sua identidade, mas para enriquecê-la. A Christus Vivit (n. 191) recorda:
A existência das relações intergeracionais supõe que, nas comunidades, se possua uma memória coletiva, pois cada geração retoma os ensinamentos de quantos a antecederam, deixando assim uma herança aos seus sucessores. Sobretudo no contexto eclesial, muitos idosos se sentem ameaçados pela presença juvenil, temendo o “descarte.”
Viver a comunidade de forma integrada é também abraçar esses como referências que alicerçam a comunidade que renasce, favorecendo o cuidado recíproco.
Ainda, ao falarmos de caminhos integrativos, não se pode deixar de afirmar: o jovem deve ser convidado a viver uma espiritualidade que não fuja do mundo, mas o transforme. É o viver autopoiético do qual também já falamos. Maturana nos lembra que “o amor é a emoção fundamental que constitui o social” (Emoções e Linguagem na Educação e na Política, 2002); por isso, espiritualidade e compromisso social não podem ser separados. Quando o amor se traduz em gestos concretos de justiça e solidariedade, a comunidade cristã deixa de ser apenas lugar de culto para tornar-se espaço de esperança ativa, onde fé e vida se entrelaçam no serviço ao próximo e na construção de um futuro comum.
Outro caminho para estar com as juventudes se apresenta dentro dos contextos educacionais. Na verdade, a gênese desta série de textos surgiu da reflexão sobre comunidade como rede integrativa de aprendizagem, tema que nos interessa desde algum tempo, como dissemos no primeiro texto desta série ao ressaltar nosso trabalho publicado em Alves (2021). Passemos, pois, aos caminhos educacionais.
Caminhos educacionais
Retomando a pesquisa desenvolvida pela Fundação Telefônica Vivo, citada nos textos anteriores, a escola e a universidade são espaços importantes de socialização juvenil. Por isso, pensar a comunidade educativa como um lugar de esperança é fundamental para o florescimento dos jovens.
Inspirados em Maturana e Varela (Árvore do Conhecimento. Campinas/SP: Editorial PSY, 1995), podemos compreender a escola como uma comunidade autopoiética, isto é, que se organiza a partir das interações entre seus sujeitos. Nesse horizonte, educar não é meramente transmitir conteúdos, mas participar da construção de mundos compartilhados. Professores e alunos formam uma rede de conversações em que cada encontro carrega potencial de reorganização estrutural, de modo que a aprendizagem emerge da convivência e não da imposição.
Vimos, no 3º texto desta série, que um dos maiores desafios da juventude contemporânea é a ausência de sonhos. Na ocasião, narrei minha experiência pedagógica/missionária de estar diante de um grupo de jovens que sequer conseguia responder à pergunta: “quais são seus sonhos?”. Isso interpela-nos a olhar para a escola como espaço de construção e cultivo de sonhos, assumindo uma dimensão profética: lutar por educação de qualidade para todos. Como afirma o Documento de Aparecida, “os jovens são muito afetados por uma educação de baixa qualidade, que os deixa abaixo dos níveis necessários de competitividade, somando-se aos enfoques antropológicos reducionistas” (n. 445).
Nossa pesquisa no contexto universitário (Cf. ALVES, Luiz Eleildo Pereira. Linguagem, complexidade e formação de professores de língua materna: a constituição de comunidades de aprendizagem nas vivências de metatextos situados a partir de metodologias focadas na pesquisa) mostrou como os caminhos formativos permanecem profundamente desiguais. Há jovens que mal conseguem estudar, sobrecarregados pelo trabalho fora da sala de aula — em sua maioria, estudantes dos cursos noturnos. Outros, ao contrário, dispõem de tempo e recursos para se dedicar a bolsas de pesquisa, cursos de línguas estrangeiras e outras oportunidades que ampliam ainda mais seus privilégios. Muitas vezes, de forma inconsciente, acabamos endossando esse desequilíbrio ao valorizar mais aqueles que já têm acesso, em detrimento dos que enfrentam maiores dificuldades.
Diante disso, é urgente que em nossa missão de acompanhar as juventudes estejamos inseridos nesses espaços educacionais, abrindo caminhos para que os jovens descubram uma nova visão de si mesmos e de suas vidas. Trata-se de favorecer experiências de pertencimento em comunidades de aprendizagem que rompam com os ciclos de exclusão, reduzindo os dramas sociais e espirituais e tornando possível o florescimento de novas esperanças. Como lembra Maturana, é na aceitação do outro como legítimo outro na convivência que se constitui o social — e, portanto, também o educativo.
Caminhos sociais
O caminho educacional aponta necessariamente para outra dimensão: o caminho social. Falar de sonhos e de horizontes possíveis para a juventude implica reconhecer que tais projetos não podem se realizar sem condições objetivas. Não basta dizer aos jovens que sonhem; é preciso criar contextos concretos para que esses sonhos sejam possíveis. Isso envolve políticas públicas de educação, cultura, emprego e saúde. O Estatuto da Juventude (Lei 12.852/2013) já reconhece direitos específicos, mas sua efetivação ainda permanece frágil e desigual.
Entre essas condições, uma luz privilegiada é o acesso à cultura. É na cultura que muitos jovens encontram espaço de pertencimento e de expressão: são cantores, atores, pintores, dançarinos, grafiteiros, esportistas urbanos… A cultura traz para o centro aqueles que frequentemente são marginalizados, abrindo portas para o desejo de ser e de tornar-se. Grupos de música, teatro, dança, esportes urbanos e coletivos audiovisuais constituem verdadeiras comunidades de resistência e de criação. Apoiar essas iniciativas é, portanto, fortalecer comunidades de esperança, nas quais o sonho se torna prática coletiva.
Além disso, não podemos esquecer o compromisso das juventudes com causas sociais que já estão na agenda global, como a defesa do meio ambiente, a paz mundial e os direitos humanos. Os jovens, em diferentes partes do mundo, são protagonistas de movimentos ambientais, culturais e políticos que apontam para novos modos de viver e conviver. Nesse sentido, as comunidades de fé e os coletivos sociais podem desempenhar papel essencial ao apoiar e potencializar esse protagonismo, transformando-o em caminho concreto de esperança para o planeta.
Se queremos, de fato, estar próximos dos jovens, precisamos assumir esse mesmo compromisso. Isso exige cuidado autêntico e engajamento real, superando superficialidades, a aproximação hipócrita e nossos próprios preconceitos. Só assim será possível sonhar e construir juntos um mundo mais justo, humano e solidário, onde cada jovem possa reconhecer-se como sujeito de esperança e transformação.
Caminhos digitais
Por fim, em um mundo cada vez mais conectado, não podemos encerrar este texto sem considerar os caminhos digitais. A juventude habita esses espaços de modo intenso e natural; o ambiente virtual se tornou parte inescapável de sua vida cotidiana. Por isso, pensar em comunidades de esperança exige também uma pastoral e uma educação digital que acolham esse universo.
A Igreja tem descoberto que as redes sociais digitais podem ser lugar de anúncio e de encontro. Páginas, canais e perfis que falam de fé de maneira criativa alcançam milhões de jovens, revelando a potência evangelizadora do digital. No entanto, não basta transmitir conteúdos de forma unilateral: é necessário criar comunidades digitais de diálogo, nas quais os jovens possam interagir, partilhar suas vidas e construir vínculos autênticos.
Faz parte da missão evangelizadora formar os jovens para o uso crítico das mídias. Isso significa capacitá-los a superar a alienação provocada pelo excesso de conteúdos impostos pelos chamados influencers e pela lógica consumista que permeia os algoritmos das plataformas digitais. A pastoral juvenil é chamada a ajudar os jovens a cuidarem da própria imagem, a reconhecerem fake news, a resistirem a qualquer tipo de violência — inclusive a auto violação, tão frequente quando a vida é reduzida a métricas de visibilidade.
Evangelizar nas redes sociais vai muito além de simplesmente falar “das coisas de Deus”: trata-se de formar consciência crítica e resgatar o humano, tantas vezes esfacelado pela virtualização da vida. Nesse sentido, comunidades digitais de esperança devem favorecer o diálogo intercultural e inter-religioso, o respeito mútuo, o acesso ao conhecimento em diversas áreas do saber e a construção de relações significativas que não fiquem restritas às telas, mas transbordem para a vida concreta.
A juventude não pode permanecer sozinha à mercê de tantos sinais de morte presentes nesses contextos. Pelo contrário, é chamada a ser protagonista de experiências digitais que façam brotar vida, diálogo e encontro — até chegar ao contato mais profundo, onde se revela a graça do humano, no encontro consigo mesmo, com o outro e com Deus.
Nos encontramos pelos caminhos da vida!
Caro amigo, companheiro de caminhada, chegamos ao fim deste ciclo de reflexões. Julguei pertinente apresentar esses caminhos para que possamos continuar a fomentar comunidades juvenis tendo como alicerce o afeto. Outros percursos são possíveis, e a partir dessas discussões desdobram-se inúmeros temas que fervilham em nosso coração missionário e nos inquietam na busca de nosso próprio caminho. A esperança que brota das comunidades juvenis não é apenas para os jovens: é para toda a sociedade e para toda a Igreja. Ao cuidar das juventudes, cuidamos do futuro de todos. Ao investir em comunidades, investimos no Reino de Deus que se encarna na história.
Cientes de que até aqui percorremos juntos uma trilha reflexiva sempre guiada por perguntas provocadoras, agora nos colocamos diante da encruzilhada da missão. Que entre a cruz e a ilha lembremos do mar. Há uma infinidade de questões e de temas a serem refletidos quando pensamos em comunidades juvenis. Antes de encerrarmos, porém, cabe uma ressalva: não houve aqui pretensão de esgotar os assuntos, tampouco de dizer o que ainda não foi dito. O que buscamos foi abrir caminhos, lançar sementes, compartilhar inquietações que brotam quando pensamos a juventude, a missão e, sobretudo, a experiência de viver em comunidade.
Até breve!
REFERÊNCIAS
ALVES, Luiz Eleildo Pereira. Linguagem, complexidade e formação de professores de língua materna: a constituição de comunidades de aprendizagem nas vivências de metatextos situados a partir de metodologias focadas na pesquisa. 2021. 297 f. Tese (Doutorado em 2021) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2021. Disponível em: http://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=104925 Acesso em: 31 de julho de 2025
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO (CELAM). Civilização do amor: tarefa e esperança. São Paulo: Paulinas, 1992.
FRANCISCO, Papa. Carta Encíclica Fratelli Tutti sobre a fraternidade e a amizade social. Roma: Vaticano, 2020. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html. Acesso em: 10 ago. 2025.
FRANCISCO, Papa. Exortação Apostólica Christus Vivit aos jovens e a todo o povo de Deus. Roma: Vaticano, 2015. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20190325_christus-vivit.html. Acesso em: 10 ago. 2025.
FUNDAÇÃO TELEFÔNICA VIVO; Rede Conhecimento Social; IBOPE Inteligência. Juventudes e Conexões. 3. ed. São Paulo: Fundação Telefônica Vivo, 2019. Disponível em: https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/wp-content/uploads/pdfs/juventudes-e-conexoes-3edicao-completa.pdf Acesso: 13 ago. 2025.
MATURANA, Humberto R.; VARELA, Francisco J. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. 6. ed. Campinas: Psy II, 1995.
MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.







