Determinados até o fim: com Inácio de Azevedo, por um chamado maior 

Compartilhe :
Facebook
Email
X
LinkedIn
WhatsApp
Retrato do Beato Inácio de Azevedo, símbolo de determinação no chamado cristão

Por Ir. Douglas Turri, SJ 

Há uma força que move o coração quando ele se reconhece chamado. Não é barulho, nem euforia. É um impulso firme que faz a gente levantar, planejar, preparar e seguir, mesmo quando tudo parece incerto. Essa força tem nome: determinação. 

O Beato Inácio de Azevedo sabia disso. Ele não era só um homem inteligente ou piedoso, mas era um homem decidido. Quando viu, no Brasil, uma fé que crescia, mas missionários que faltavam, ele não se acomodou. Voltou à Europa, percorreu caminhos, reuniu jovens, preparou cada um com zelo e coragem. Sonhava alto, mas com os pés fincados no chão da missão. 

E mesmo quando a tempestade chegou na forma de ódio, perseguição, violência, ele não recuou. Ergueu o quadro da Virgem de São Lucas, proclamou sua fé e entregou a vida. Não com amargura, mas com esperança. Não como quem perde, mas como quem se entrega por algo maior. 

Mas de onde vinha a força de Inácio? 

A determinação que o movia não brotava de um ideal abstrato ou de um heroísmo vazio. Ela nascia de um encontro transformador com Jesus Cristo, o mesmo encontro que sustenta todo cristão. Inácio não buscava glória, reconhecimento ou segurança. Ele caminhava impulsionado por um amor que o precedeu e o conquistou. 

E é essa certeza profunda, íntima e inabalável que dá coragem para seguir adiante, mesmo quando o mar se agita e o horizonte escurece. Foi assim que Inácio partiu, com o coração firmado em Cristo, e não recuou, nem mesmo diante do martírio. 

Um testemunho que nos interpela hoje 

Hoje, a gente vive outras tempestades: dúvidas, pressões, distrações, medos. E, muitas vezes, nos perguntamos: vale a pena seguir esse chamado? Tenho o que é preciso? E se não der certo? 

O testemunho de Inácio responde com o silêncio firme de quem foi até o fim. De quem não desistiu no meio do caminho. De quem segurou firme o que acreditava, até quando tudo parecia desmoronar. 

Ser determinado não é ter todas as respostas, mas é ter clareza do porquê se caminha. É desejar tanto o que Deus quer, que nem a dúvida, nem o medo, nem as perdas têm a última palavra. 

Um convite à missão 

Se você sente que há algo mais te chamando (uma missão, um serviço, uma entrega), não ignore! Comece onde você está. Dê passos pequenos, mas sinceros. Procure quem possa te acompanhar. E, sobretudo, não largue da mão d’Aquela que Inácio segurava com tanta fé: Maria. 

Ela nos ensina que a determinação que vem de Deus não cansa, não desiste, não se apaga. É chama que arde, é fé que avança, é vocação que se cumpre. 

“Senhor, dá-nos a determinação de Inácio. Que, mesmo em meio às ondas, permaneçamos firmes no que viemos ser: teus missionários, tuas testemunhas, teus filhos.”  

Veja também: 

Compartilhe :
Facebook
Email
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Deixe uma resposta