“Pois então, que é que pregais? – Nós, disse o peregrino, não pregamos; só falamos familiarmente com alguns de coisas de Deus…” (Autobiografia 65).
Escrito pelo Esc. Luan de Amorim Moreira, SJ
Inácio, em seu caminho de peregrinação, passará por muitos pedregulhos que colocarão o seu chamado a servir a bandeira do Reino a prova. Como o peregrino relata na autobiografia (cf. Autobiografia 65-66) sua forma de falar de Deus, sua ajuda aos outros e até mesmo seu jeito de vestir serão questionados. Mas isso não o deixa desanimado ou decepcionado, mesmo sendo questionado em suas intenções ele, continuará a acreditar na sua vocação e no Deus da vida.
Como Inácio a momentos de que surgem em nossa vida, sejam internos brotados de nossos medos e inseguranças ou da falta de crédito por parte de pessoas que convivemos no ambiente familiar, profissional ou de estudo. Esses percalços podem muitas vezes nos fazer desanimar e até mesmo cairmos na autocritica não produtiva, que nos leva a desolação e faz-nos sair do nosso projeto de vida.
Quando estamos nesse momento, devemos agir como próprio Inácio nos ensina nos Exercícios Espirituais, a não tomarmos decisões repentinas, “mas permanecer firme e constante nos propósitos e determinações” (EE 318). Poderíamos dizer, que ele nos convida a fazer uma recordação da nossa história e perceber onde Deus passou e deixou as marcas de seu amor por nós que nos faz persistir neste ideal, plantado pelo próprio Deus em nós.
Portanto, aprendamos que na nossa história encontraremos esses diversos pedregulhos que de início podem machucar o nosso caminhar, mas também podem ser oportunidades para sermos generosos conosco e com Deus, ao fazermos memória agradecida dos nossos dons, alegrias e esperanças na nossa peregrinação diária.
Texto bíblico: At 4, 8-14
O que hoje você tem para agradecer? Quais são os pedregulhos que surgem no seu caminho e que precisa apresentar ao Deus da vida?
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