A terceira e última semana do Sínodo para a Amazônia começou com um compromisso assumido em defesa dos pobres, dos territórios e da “floresta em pé”.
No último domingo (20), um grupo de bispos sinodais, liderados por Dom Cláudio Hummes, relator-geral do Sínodo e presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), fez memória do “Pacto por uma Igreja serva e pobre”, também conhecido por “Pacto das Catacumbas”, documento assinado dias antes do término do Concílio Vaticano II. Reunidos novamente nas Catacumbas de Domitilla, os bispos, junto a outros sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, afirmaram a adesão a uma Igreja com rosto amazônico, pobre e servidora, profética e samaritana, assinando o “Pacto das Catacumbas pela Casa Comum”.
Reconhecido por Dom Cláudio como fruto do Vaticano II, o Sínodo para a Amazônia passa agora aos seus encaminhamentos finais. Após duas semanas de escutas, discussões e discernimento das propostas que surgiram, começa a ser elaborado o projeto do Documento Final do Sínodo.
Dom Irineu Roman, bispo auxiliar de Belém-PA, ao fazer um balanço do que vem sendo feito e pensado até o momento, destaca que a grande preocupação do Sínodo é a evangelização e a missionariedade nas comunidades mais longínquas da Amazônia, identificando a necessidade de superar a carência de pessoas preparadas para os ministérios. Ele acredita que o Sínodo trará soluções para sermos uma “Igreja viva, atuante e presente, missionária em todos os recantos dessa grande Amazônia, que é composta por nove países”.
Além disso, acrescenta que a segunda grande questão é a ecologia integral, indicando que são os povos amazônicos que têm a chave da proteção da vida da Amazônia: do meio ambiente, das águas, das culturas. Dom Roman diz que se conjugarmos a presença ministerial da Igreja, que traz o ponto de vista da fé, da esperança e da caridade, com as dimensões social, ecológica e ambiental, poderemos, de fato, garantir que o Sínodo produzirá um documento que vai satisfazer a todos.
Continuemos rezando pela conversão sincera e integral da Igreja e para que cada um e cada uma de nós possa reconhecer Deus em cada elemento da Criação.