Em encontro com jesuítas em Singapura, pontífice destacou o legado de fé e justiça social de Arrupe, desejando sua beatificação e canonização.
Rafael Beluccia via MAGIS Brasil
com informações de ACI Digital
Na terça-feira (11), durante sua viagem a Singapura, o papa Francisco manifestou seu desejo de ver o padre Pedro Arrupe, superior-geral dos jesuítas entre 1965 e 1983, beatificado e posteriormente canonizado. A declaração ocorreu em uma conversa privada com 25 jesuítas na casa de retiros São Francisco Xavier, onde o papa está hospedado. A notícia foi divulgada pelo padre Antonio Spadaro, subsecretário do Dicastério para a Cultura, em entrevista ao Vatican News.
Pedro Arrupe: exemplo de fé e justiça social
Ao longo de cerca de uma hora, o papa destacou o papel fundamental de Arrupe, que influenciou gerações de jesuítas, inclusive o próprio Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco. O pontífice incentivou os presentes a enfrentarem os desafios da sociedade com oração, seguindo o exemplo de Arrupe, e ressaltou a importância da fé no enfrentamento das questões humanas, especialmente na Ásia, que ele descreveu como um “continente-chave” para a Igreja.
O padre Antonio Spadaro descreveu o encontro como “íntimo e fraterno”, ressaltando a presença de jesuítas jovens, um recém-ordenado, e alguns mais velhos e doentes. “O papa foi muito carinhoso com eles”, afirmou Spadaro. Além disso, Francisco comentou sobre as vocações ao sacerdócio, pedindo para “diminuir as exigências” na formação, para não afastar jovens que sentem a vocação, mas que se assustam com os desafios do processo.
Legado de Pedro Arrupe permanece vivo
A causa de beatificação de Pedro Arrupe, proclamado servo de Deus em 2019, segue em andamento. O desejo do papa Francisco de ver Arrupe canonizado reforça a importância de seu legado, especialmente seu compromisso com a justiça social e o acolhimento dos migrantes.