Data remete à luta contra preconceito e violência, e pela garantia de direitos humanos e diversidade sexual

MAGIS BRASIL com informações de Vatican News e A12

O Dia Internacional de Combate à Homofobia é celebrado nesta sexta-feira (17). Em diversas oportunidades, o Papa Francisco se posicionou sobre esse assunto mostrando a tentativa de um novo passo na busca entre um equilíbrio entre os ensinamentos católicos a respeito da homossexualidade e o apoio às pessoas LGBTQIA+.

A data serve para marcar quando, em 1990, a população LGBTQIA+ deu um passo importante com o fim da classificação da homossexualidade como doença, segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionadas com a Saúde.

O dia remete à luta contra o preconceito e a violência, e pela garantia dos direitos humanos e diversidade sexual. O Santo Padre se mostra, em suas ações, como o Pontífice da ponte entre os extremos, da empatia e da fraternidade.

Em uma entrevista concedida ao site “Outreach” em 2022, Fancisco afirmou que Deus não renega nenhum de seus filhos, referindo-se às pessoas LGBTQIA+.

“Deus é Pai e não renega nenhum de seus filhos. E o ‘estilo’ de Deus é ‘proximidade, misericórdia e ternura’. Ao longo deste caminho, vocês encontrarão Deus”, disse o Papa Francisco.

Ainda durante a entrevista, o Papa foi questionado sobre o que ele diria a um católico LGBTQIA+ que foi rejeitado pela Igreja. Francisco foi categórico:

“Gostaria que reconhecessem isso não como ‘rejeição da Igreja’, mas, ao invés, como rejeição por parte de ‘pessoas na Igreja’. A Igreja é uma mãe e reúne todos os seus filhos. Tomemos por exemplo a parábola dos convidados ao banquete: ‘os justos, os pecadores, os ricos e os pobres, etc.’. Uma Igreja ‘seletiva’, de ‘puro sangue’, não é a Santa Madre Igreja, mas sim uma seita”, pontuou o Santo Padre.

Em uma outra oportunidade, durante uma Audiência semanal no Vaticano, o Pontífice disse que os pais de crianças gays não deviam condená-las, mas oferecer apoio.

O comentário do Papa Francisco veio em referência às dificuldades que os pais podem enfrentar na criação de seus filhos:

“Pais que observam diferentes orientações sexuais em seus filhos não devem se esconder atrás de uma atitude de condenação”, disse Francisco.

Durante entrevista concedida para o documentário “Francesco”, que fala sobre a vida do atual líder da Igreja Católica, o Papa defendeu a proteção de união civil entre casais do mesmo sexo:

“Os homossexuais têm o direito de ter uma família. Eles são filhos de Deus e também têm esse direito. Ninguém deve ser expulso ou miserável por isso”, afirmou durante o documentário.
E completou:

“O que temos que criar é uma lei de união civil. Dessa forma, eles serão legalmente encobertos. Eu defendo isso”, finalizou o Papa Francisco.

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