O Sínodo para Amazônia continua!

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Acompanhe as principais discussões da primeira semana de trabalhos.

Nesses primeiros dias, muitos temas foram abordados nas Congregações Gerais e nos círculos menores que vêm ocorrendo na Cidade do Vaticano. Dada a riqueza de opiniões que surge nesse contexto, o Sínodo se apresenta como um espaço para discernimento comunitário à luz da oração.

Dom Armando Martin Gutiérrez, bispo de Bacabal – MA, afirma que a experiência que estão fazendo é realmente uma experiência sinodal, no sentido de caminhar juntos. Ele partilha que tem sido “sobretudo uma experiência de escuta, de partilha, de conhecer melhor a realidade […] Através das escutas do Pré-Sínodo e agora, nos diálogos nos grupos e nas intervenções estamos conhecendo melhor, no caso, para depois podermos tomar decisões mais adequadas com novos caminhos de evangelização”.

Uma das temáticas latentes nas discussões tem sido a reflexão sobre celibato e sacerdócio, principalmente no que tange à proposta dos viri probati, que traz a possibilidade de ordenação sacerdotal de homens adultos casados. Nessa questão, como em outras abordadas pelos bispos sinodais, existem nuances e também posições diferentes. O que é unânime é o reconhecimento de que há uma demanda de sacerdotes em relação à amplitude do território e procura-se uma resposta. O desejo é uma presença permanente e não apenas de visita em comunidades onde não há pessoas que possam celebrar a Eucaristia.

Outros temas que também apareceram foram: a presença da mulher na Igreja, com o pedido de maior responsabilidade pastoral e participação feminina efetiva, também no âmbito da decisão, além de ser suscitado um discernimento para a instrução do diaconato feminino na região; a face indígena da vida religiosa, com destaque à necessidade de atentar-se aos sofrimentos vividos pelos povos indígenas e de reconhecer que Cristo já vive no povo a ser evangelizado; a formação permanente de leigos e o catecumenato por Igreja em saída, reforçando o convite a sair das nossas estruturas e perspectivas; e a contribuição no âmbito internacional que o Sínodo possui, com a certeza de que gerará frutos que serão úteis para a Igreja presente no mundo inteiro.

Sobre esta primeira semana, o bispo de Rondonópolis–Guiratinga – MT, Dom Juventino Kestering, faz uma avaliação muito positiva. Ele diz que “a pluralidade de opiniões, de propostas, enriqueceram nosso conhecimento da realidade da Pan-Amazônia. Agora nós já estamos em condição, no final dessa primeira semana, de ver alguns pontos mais significativos para a continuidade dos nossos trabalhos”.

Sigamos acompanhando as discussões e em sintonia através da oração para que esses novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral, que estão sendo identificados pelo Sínodo, sejam iluminados pelo Espírito para que todos nós, mas de modo muito especial, os povos da Amazônia, possamos ter vida e vida em abundância (Jo 10, 10).

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